Tivi São Lourenço, 03 de dezembro de 2024
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Polícia Civil indicia médica de Pato Branco por estelionato e lesão corporal em pacientes com diagnósticos falsos

De acordo com a perícia, a médica usava fragmentos sobrepostos de outros laudos para alterar os diagnósticos originais, falsificando assim o laudo original para indicar o suposto câncer.

Por Diário do Sudoeste

Atualizado em 30/10/2024 | 09:13:00

A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito policial envolvendo a médica de Pato Branco, Carolina Biscaia Carminatti, acusada de crimes contra pacientes. A investigação, conduzida pela 5ª Subdivisão Policial (SDP), revelou que a médica manipulava laudos de biópsia para diagnosticar falsamente câncer de pele em pacientes, induzindo-os a realizar procedimentos cirúrgicos desnecessários.

De acordo com a perícia do Instituto de Criminalística, a médica usava fragmentos sobrepostos de outros laudos para alterar os diagnósticos originais, falsificando assim o laudo original para indicar o suposto câncer. Os pacientes relatam que eram pressionados a pagar os procedimentos imediatamente, sem o uso de planos de saúde. Ao todo, 31 vítimas foram identificadas, e a profissional foi indiciada por estelionato, lesão corporal e falsificação de documentos. O Ministério Público já apresentou denúncia formal contra a médica.

A época da denúncia a Sociedade Brasileira de dermatologia emitiu um comunicado à imprensa em que informa que a médica investigada por emitir falsos laudos de exames de câncer não é registrada como especialista em dermatologia no Conselho Regional de Medicina do Paraná. Além disso, a nota menciona que a médica já havia sido denunciada e julgada anteriormente por anunciar indevidamente a especialidade.

Denúncias

A Polícia Civil de Pato Branco há época das denúncias concluiu que os valores pagos pelas vítimas à médica Carolina Biscaia Carminatti ultrapassam a R$ 92 mil. Uma das vítimas chegou a desembolsar R$ 13 mil pelo atendimento.

Ainda conforme as investigações, os pacientes conseguiam pagar as consultas pelo plano de saúde, porém, os procedimentos cirúrgicos não poderiam ser cobertos dessa forma. Houve casos de pagamentos com cartão, mas a maioria teria sido em dinheiro ou via PIX.

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