Tivi São Lourenço, 24 de novembro de 2024
Gerais

Primeiros bugios-ruivos são soltos em região de Florianópolis após 260 anos de extinção no local

Primatas, que vieram de outros locais do estado, permaneceram no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres até ficarem aptos à soltura na Ilha de Santa Catarina.

Por G1/SC

Atualizado em 16/01/2024 | 09:43:00

Após mais de quatro anos de reabilitação, três bugios-ruivos foram soltos no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis. Segundo Instituto do Meio Ambiente do estado (IMA), a espécie não era vista nas florestas da Ilha de Santa Catarina há 260 anos.

Os animais, que vieram de outros locais do estado, permaneceram no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de Santa Catarina (Cetras), localizado dentro do parque, até ficarem aptos a iniciar o processo de soltura, na quinta-feira (11).

Com a reintrodução à natureza, a busca é que os bugios restabeleçam uma população na parte insular de Florianópolis, recuperando certas interações ecológicas perdidas com a extinção no local.

No primeiro momento, a soltura foi de três indivíduos adultos: Sem Cauda, Ranhento e Ruivo .

Antes de voltar à floresta, o trio passou por dezenas de exames clínicos e veterinários e aprendeu habilidades comportamentais importantes para sobreviver na natureza. Além disso, os macacos foram vacinados contra a febre amarela, doença letal para eles.

Na reta final pré-soltura, passaram cerca de um mês em um recinto de aclimatação para se adaptar à floresta.

"Nos emociona muito pensar que o bugio fará novamente parte da nossa fauna e poderá viver livremente na natureza, é muito gratificante”, comentou a diretora de Biodiversidade e Florestas do IMA, Sabrina Nunes Cataneo Maestri.

A diretora do Programa Silvestres Santa Catarina, Vanessa Tavares Kanaan, conta que outras cinco solturas de bugios-ruivos já estão previstas no primeiro semestre deste ano.

"Todos os bugios vieram de outras partes do estado ou nasceram durante o processo de reabilitação na Ilha de Santa Catarina, dentro de Florianópolis, mas em cativeiro", explica.

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