Embora o município esteja próximo de Pato Branco, onde há um centro de coleta e distribuição de sangue, quem fornece bolsas de sangue para o hospital é o Hemosc de Chapecó.
Com o objetivo de celebrar e reconhecer a iniciativa de quem doa sangue, o mundo comemora, no dia 14 de junho, o Dia Internacional do Doador de Sangue. Para muitos o ato de doar é quase uma rotina. Apesar disso, os Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) ainda sofrem com a falta de doador.
A importância e a necessidade são percebidas, na maioria das vezes, quando a própria pessoa ou familiar precisa de transfusão. A Fundação Hospitalar São Lourenço, que atende hoje os municípios de São Lourenço do Oeste, Novo Horizonte, Jupiá, Coronel Martins e Galvão, tem dados que comprovam que a transfusão é praticamente diária. De acordo com um levantamento feito dos últimos 12 meses, a entidade hospitalar utilizou um total de 259 bolsas. Uma média de 21,5 por mês. Num ranking entre os hospitais da região, a Fundação Hospitalar fica em terceiro lugar, atrás apenas dos regionais de Chapecó e Xanxerê.
Ediane Ragnini, gerente de enfermagem da Fundação Hospitalar São Lourenço, explica que o volume de transfusão é viabilizado e garantido através da agência transfusional do hospital – sala preparada com equipamento de armazenamento que controla a temperatura em tempo integral. “A gente sempre tem de três a quatro bolsas de sangue de reserva”, compartilha contando que a estratégia é ter uma bolsa do tipo doador universal (O-) e outras duas da tipagem que é mais usual. A entidade hospitalar também conta com a parceria dos municípios conveniados para a logística nos casos em que há falta de algum tipo na agência transfusional. Pacientes com anemias importantes e pacientes em tratamento de câncer estão hoje entre os casos que mais exigem transfusão no hospital.
Embora o município esteja próximo de Pato Branco, onde há um centro de coleta e distribuição de sangue, quem fornece bolsas de sangue para o hospital é o Hemosc de Chapecó. “A população precisa saber disso e ter consciência de que, quando possível, as doações devem ser feitas em Chapecó. Esse é o banco que nos atende. Lógico que nós temos muitos pacientes que são atendidos no Paraná e as doações também podem ser feitas em Pato Branco”, pondera.
Frisando que há uma demanda importante por bolsa de sangue na região, Ediane chama a atenção e orienta a população em condições para que seja doador. Sem entrar em detalhes sobre os perfis que podem doar, a gerente de enfermagem sugere o contato com o próprio Hemosc. Ela adianta que as campanhas de coleta que eram feitas no passado na cidade foram descontinuadas, pois o histórico demonstra que há muitas perdas tendo em vista a distância. Hoje, prioritariamente, a doações precisam ser feitas em Chapecó.
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