O estado de Santa Catarina voltou a registrar a presença de fumaça vinda dos incêndios da Amazônia. A central de monitoramento a Secretaria da Proteção e Defesa Civil vem registrando o fenômeno durante o entardecer e ao amanhecer, quando o céu assume uma coloração avermelhada.

As imagens de satélite têm captado essa concentração de fumaça sobre todo o estado. A presença de fumaça no ar pode afetar a visibilidade e prejudicar a qualidade do ar, representando um risco para a saúde pública, especialmente para as populações mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.

Fenômeno intensificado pelo El Niño

O aumento das queimadas nas regiões amazônica e central do Brasil pode ser atribuído à atuação do El Niño. O fenômeno intensificou as chuvas no Sul do Brasil, enquanto reduziu as precipitações nas regiões amazônica e central, justamente no período em que as chuvas deveriam ser mais frequentes. Assim, a última estação chuvosa na região central do país foi mais seca do que o normal, agravando as condições que favorecem o surgimento de queimadas.

Mudança no tempo nos próximos dias

De acordo com os meteorologistas da Defesa Civil, nos próximos dias, a passagem de uma frente fria pelo estado, entre a noite desta quarta-feira, dia 4, e quinta-feira, dia 5, deve trazer um alívio temporário para a concentração de fumaça, devido à chuva e à mudança nos ventos, que passarão a soprar do Sul com a chegada de uma massa de ar seco e frio. Contudo, a partir de sexta-feira, dia 6, e durante o fim de semana, os ventos devem voltar a soprar da direção Norte, trazendo novamente a fumaça para Santa Catarina.

A longo prazo, é esperado que a presença de fumaça na região continue até que as queimadas sejam controladas ou até que a estação chuvosa retorne a essas áreas, o que deve ocorrer entre a primavera e o verão.

Recomendações para a população

Diante dessa situação, a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina recomenda à população que adote medidas preventivas, como aumentar a ingestão de água e monitorar possíveis sintomas de irritação respiratória, como tosse, dificuldade para respirar e irritação nos olhos.