Submarino vai ser projetado por empresa especialista em embarcações usadas em mergulho profundo. Eles já têm um submarino licenciado que pode navegar até 4 mil metros de profundidade, distância do Tit
Com casco de acrílico e conduzido por um joystick, um novo submarino, anunciado por um empresário norte-americano e um canadense, promete levar pessoas, com segurança, em expedição até o navio Titanic, nas profundezas do Oceano Atlântico.
O projeto bilionário, mas que não teve o custo divulgado, inclui, segundo os criadores, tecnologia e engenharia naval de ponta que prometem uma expedição com final diferente do ocorrido no ano passado.
Há cerca de um ano, cinco pessoas morreram durante a viagem com o submersível Titan, que tentava chegar ao Titanic. A embarcação implodiu, matando os passageiros. A expedição gerou uma comoção mundial ao longo de dias, enquanto tentavam o resgate das vítimas.
Ele vai ser produzido pela Triton Submarine, que está há décadas no mercado. A empresa se apresenta como uma "produtora de submersíveis personalizados a expedições de pesquisa e observação" e se posiciona como detentora de recordes:
Em 2019, um submarino da empresa foi usado no mergulho mais profundo da história, chegando a 10,9 mil metros;
Em 2018, outro submarino foi usado no mergulho mais profundo do oceano Atlântico com 8,3 mil metros.
Eles que projetaram, por exemplo, o submersível que Kathryn Sullivan usou para se tornar a primeira americana a mergulhar a 11 mil metros de profundidade na Depressão Challenger, o ponto mais fundo dos mares;
E, em 2019, foram os primeiros a conseguirem gravar imagens em alta resolução do Titanic.
A proposta deles é criar uma nova versão que vai se chamar “The Explorer – Return to the Titanic”, mas baseada em um modelo já produzido pela empresa: o Triton 4000/2 Abyssal Explorer.
Como vai ser o submarino?
Segundo a empresa, o submarino tem 4,45 metros de cumprimento e 2,75 de largura e conta com complexa engenharia naval e tecnologia, pesando 12 toneladas.
O submarino tem o que a empresa chama de "asas". Elas permitem que ele seja conduzido ao longo do mergulho, podendo ser dirigido até mesmo em espaços pequenos.
Ele vai ter um casco amplo de acrílico. A ideia é que o casco, somado às câmeras acopladas de alta resolução ele tenha uma visão 320° do fundo do oceano.
Diferentemente do Titan, que implodiu, e que só poderia descer a 1,3 mil metros, ele pode descer a 4 mil metros de forma segura, segundo a produtora.
A tecnologia naval do submarino permite que ele desça e suba das profundezas em uma viagem de menos de duas horas -- menos do que se propunha o Titam.
Tem capacidade para apenas duas pessoas por viagem.
O submarino tem uma resistência em viagem de 12 horas.
O controle vai ser feito por um joystick, mas há também um controle de tela sensível ao toque e substituição manual.
O Triton 4000 -- que traz o número no nome, justamente, em referência à profundidade que pode atingir -- já é licenciado para uso comercial.
Com a capacidade, a ideia dos empresários é criar um modelo personalizado para a expedição. O modelo deve custar milhões de dólares e a previsão é que fique pronto em 2026.
Quem são os empresários?
Patrick Lahey é cofundador e presidente da Triton Submarines. Ele é quem vai ficar responsável pelo projeto do submarino.
Além de empresário, ele é um entusiasta do mergulho. Lahey se tornou o segundo canadense a chegar ao fundo da Fossa das Marianas, ponto mais profundo dos oceanos que fica no Pacífico. E também foi a primeira pessoa a mergulhar duas vezes no Challenger Deep acompanhado por outro explorador.
O cofundador da Triton vai fazer o submarino a pedido do magnata Larry Connor, de Ohio. O empresário de 74 anos é fundador do Connor Group, uma empresa do ramo financeiro. Atualmente, segundo a Forbes, a empresa opera uma carteira de R$ 26 bilhões.
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