Tivi São Lourenço, 27 de outubro de 2024
Gerais

Temporais: número de voos para entrar e sair do RS cai e preços das passagens sobem até 50%

Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, fechou após inundar, cancelando voos a partir da Capital.

Por G1

Atualizado em 29/05/2024 | 11:26:00

Com o Aeroporto Internacional Salgado Filho fechado após inundar durante a enchente que atingiu Porto Alegre, o número de voos diários para sair e entrar no Rio Grande do Sul caiu – e, com isso, os preços das passagens aéreas aumentaram.

Hoje, há 113 voos semanais com destino ao Rio Grande do Sul: menos do que Porto Alegre tinha por dia. Com menos oferta e mais demanda, uma viagem só de ida de Passo Fundo a São Paulo está custando R$ 1.680, quando antes da enchente chegava a até R$ 850 – 50% a menos do que o preço praticado agora.

"A tarifa aérea é montada através da disponibilidade de lugares. Quanto maior a disponibilidade de lugares, a tendência é que a tarifa do bilhete aéreo seja menor. O que está acontecendo agora? O Salgado Filho fechou, então, são menos voos que estão operando pela Base Aérea de Canoas, são voos implementados no interior do Rio Grande do Sul, nos aeroportos de Passo Fundo, Caxias do Sul, mas eles são muito menores do que a oferta que o Salgado Filho tinha. Então, os voos estão lotando muito rápido e, consequentemente, a tarifa está ficando mais elevada", diz o agenda de viagens Victor Hugo Almeida.
Para o mês de junho, já há voos lotados. A maioria vai e vem de Caxias do Sul, na Serra do RS, e da Base Aérea de Canoas. Destinos para cidades de Santa Catarina também – e que são considerados parte da malha aérea emergencial gaúcha.

Voos em aeroportos gaúchos
Caxias do Sul: 39 voos semanais
Santo Ângelo: 6 voos semanais
Passo Fundo: 21 voos semanais
Pelotas: 6 voos semanais
Santa Maria: 3 voos semanais
Uruguaiana: 3 voos semanais
Base Aérea de Canoas: 35 voos semanais
Florianópolis: 14 voos semanais
Jaguaruna: 7 voos semanais

Uma opção para tentar conseguir preços melhores é a flexibilização das datas, de acordo com Almeida.

"Se o passageiro tem uma flexibilidade de datas, esse é o melhor aliado. Pois a tarifa aérea varia de dia para dia, conforme demanda, conforme horários. Os horários mais premium, em que o voo está mais lotado, a tarifa é mais alta. Então, o agente de viagem é capacitado junto com o cliente para ver alternativas, viabilidades de datas e, sem dúvida alguma, encontrar um preço atrativo que nós temos conseguido, com certeza", diz Almeida.

Aeroporto de Porto Alegre fechado

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Zona Norte de Porto Alegre, não recebe voos comerciais desde 3 de maio. Tanto o terminal quanto a pista de pousos e decolagens ficaram inundados com as cheias na Capital. Não há previsão de reabertura do local.

 

Segundo Nogueira, "é muito antecipado a gente dizer que pode (voltar a) operar em setembro".

"Nós estamos começando o trabalho com a seguradora para começar a avaliar quanto tempo a gente vai demorar pra reconstruir o salgado filho. Ainda não temos uma estimativa", comenta o vice-presidente de operações da Fraport, Edgar Nogueira.
O fechamento do aeroporto provocou alterações na malha aérea do Rio Grande do Sul. Para contornar o problema, terminais do interior do estado servem de alternativa para 116 voos comerciais por semana.

Cidade de Canoas como alternativa
A Base Aérea de Canoas recebeu, na segunda-feira (27), o primeiro voo comercial da história da unidade, e o ParkShopping Canoas serviu de ponto de embarque e desembarque para passageiros. A operação na base ocorre por causa das enchentes que alagaram o Aeroporto Salgado Filho, impossibilitando a operação em Porto Alegre desde o dia 3 de maio.

Para facilitar o deslocamento dos passageiros, um ônibus faz a conexão entre o ParkShopping e a base aérea.

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