Segundo parlamentar, comentário foi feito durante discussão sobre partidos políticos e teria sido direcionada a ele. Polícia Civil diz que tenta identificar homem que fez comentário.
O vereador André Vechi (DC) de Brusque, no Vale do Itajaí, fez um boletim de ocorrência na quarta-feira (1º) por ameaça após um morador da cidade ter escrito em um grupo de WhatsApp que "um cara que fecha com petista merece um tiro na testa".
Segundo o parlamentar, o comentário foi feito durante uma discussão sobre política e teria sido direcionada a ele. A Polícia Civil tenta identificar a pessoa que encaminhou as mensagens.
Após a denúncia, a Câmara de Vereadores de Brusque emitiu nota repudiando o caso. Conforme o legislativo, a vereadora Marlina Oliveira (PT) também foi citada na discussão após uma pessoa afirmou que ela deveria "sumir". “O exercício da participação política republicana será sempre bem-vinda, com respeito ao debate de ideias e ao contraditório” (leia íntegra abaixo).
Ainda, conforme Vechi, as mensagens foram enviadas na terça-feira (28) durante uma conversa com várias pessoas. No grupo, há empresários, moradores e políticos da cidade.
"Fechado com petista, mesma coisa que merda. Um cara que fecha com petista merece um tiro na testa. Cadê nossa guerra", escreveu o homem em um trecho da conversa.
A fala ocorreu logo após outro integrante do grupo ter questionado quem seria o vereador.
A reportagem do g1 SC não teve acesso ao conteúdo total da conversa. Em contato com o número que aparece em uma imagem que cita a conversa e foi divulgada nas redes sociais, um usuário afirmou que a mensagem foi tirada de contexto e que, em relação ao político, só teria escrito que "André Vechi é outro filho da p".
Além do boletim de ocorrência, Vechi disse que vai ingressar com uma ação civil por difamação na próxima semana. Nos próximos dias, o vereador informou que vai retornar à delegacia para prestar detalhes sobre o caso.
O que disse a Câmara de Vereadores de Brusque
"A Câmara Municipal de Brusque vem a público repudiar as mensagens que incitam, em grupo de WhatsApp, ato de violência física - “um tiro na testa” - contra o presidente do Poder Legislativo desta cidade, vereador André Vequi (DC), e citam, indiretamente, à vereadora Marlina Oliveira (PT), sugerindo que ela “tem que sumir”. O parlamentar deu ciência do fato às autoridades policiais e a esta casa legislativa a partir do registro de boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Brusque, na tarde desta quarta-feira, 1º de março.
O teor explicitamente criminoso das ameaças, bem como as ofensas proferidas à honra do vereador Vequi, exige que nos posicionemos de maneira inegociável e intransigente contra a violência política de qualquer natureza - seja ela física ou verbal, expressa presencialmente ou por meios eletrônicos -, bem como nos manifestemos em defesa da legítima representação popular que os vereadores exercem neste município, com o soberano aval do voto popular.
Em tempos em que discursos de ódio se propagam exponencialmente, é crucial que enalteçamos que a divergência política é elemento intrínseco e salutar ao Estado Democrático de Direito, e assimilemos, como sociedade dotada de capacidade e inteligência, que o direito à liberdade de expressão consagrado pela Constituição Federal do Brasil (Artigo 5º, Inciso IX) não nos confere imunidade para caluniar, injuriar e difamar pessoas sobre qualquer pretexto.
Como já ressaltamos neste 2023, quando alguém se refere de forma vil, torpe e ofensiva a um vereador, acaba por agredir a todos os demais vereadores e, por extensão, à comunidade por eles representada. Neste espaço de poder que é a Câmara Municipal, o exercício da participação política republicana será sempre bem-vinda, com respeito ao debate de ideias e o contraditório. O resto é barbárie e nada tem a ver com democracia.
O Legislativo brusquense, por meio da Mesa Diretora da Câmara Municipal, sua Diretoria Geral e Setor Jurídico, acompanha, desde já, os desdobramentos da investigação policial acerca do ocorrido, bem como se compromete a tomar as medidas que forem necessárias, em âmbito administrativo, para garantir a segurança e a integridade de seus vereadores".
O que disse a Polícia Civil
"Sobre o caso, a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Polícia da Comarca de Brusque, está investigando para tentar identificar a pessoa que encaminhou a mensagem ameaçando o vereador. Tratam-se de diligências preliminares para que então seja adotada a medida cabível".
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