O prefeito de Xanxerê, Oscar Martarello, assinou nesta segunda-feira, dia 17, um decreto que declara situação de emergência em saúde pública no município do Oeste catarinense, em razão do aumento de casos de dengue e chikungunya, além da proliferação e infestação do mosquito Aedes aegypti.

Xanxerê já registrou duas mortes por chikungunya erm 2025 (veja mais abaixo). Conforme a prefeitura, o município já vem adotando medidas para o combate e prevenção da doença, inclusive com atendimento e tratamento de pacientes que apresentam sintomas.

Entre as ações estão o fornecimento de medicação, ampliação de equipes de trabalho, campanhas de conscientização, mutirões de limpeza nos bairros, bloqueio de transmissão dos casos suspeitos, aplicação de inseticida peridomiciliar nos casos confirmados, distribuição de repelentes aos casos suspeitos e fumigação de bocas de lobo.

Decreto

No documento, fica autorizada a convocação de servidores públicos de todas as secretarias para suporte aos serviços de saúde e fiscalização, visando o controle da doença e do mosquito transmissor.

“Art. 4º Fica autorizada a adoção de medidas pelas autoridades administrativas, agentes de defesa civil e equipe de saúde, a fim de promover ações de combate à epidemia, em casos de risco iminente, podendo inclusive:

I - adentrar em casas, residências e lotes vazios ou em locais cujas residências estejam fechadas, para tratamento e eliminação de possíveis focos de infestação de larvas do mosquito;

II - usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, se houver risco de dano”, diz um trecho do decreto.

Óbitos pela doença

Nesta segunda-feira, uma idosa de 85 anos teve a morte confirmada por chikungunya. A vítima é Jurema Musa Rebelatto, moradora do bairro Tonial. De acordo com a prefeitura, ela estava internada na UTI do Hospital Regional São Paulo (HRSP) desde o dia 9 de março e possuía comorbidades.

Jurema é a segunda vítima da doença neste ano em Xanxerê. A primeira morte por chikungunya ocorreu em 4 de março. A vítima, Rute Alves, de 22 anos, moradora do bairro Vila Sésamo, também testou positivo para dengue no início de fevereiro. No dia 12 do mesmo mês, antes do diagnóstico de chikungunya, foi internada no HRSP. Devido ao agravamento do quadro clínico, precisou ser transferida para Chapecó, onde faleceu.

Números

O município já notificou 568 casos prováveis de chikungunya e 744 casos de dengue em 2025  Destes, 107 casos testaram positivo para chikungunya e 5 casos positivaram para dengue. Os casos são considerados autóctones, ou seja, contraídos dentro do município.