Tivi São Lourenço, 22 de abril de 2025
Segurança

‘Pedi para ela não me matar’, diz policial que foi baleado por ex escondida em armário em SC

Policial baleado pela ex em Jaraguá do Sul relembrou episódio e contou que entrou em luta corporal para sobreviver

Por ND Mais

Atualizado em 14/08/2024 | 09:59:00

O policial militar baleado por sua ex-companheira em Jaraguá do Sul, no último domingo (11), compartilhou detalhes do episódio em entrevista para o Cidade Alerta. Ele descreveu como a médica, presa em flagrante, conseguiu invadir o apartamento onde estava hospedado com o filho e o surpreendeu com três disparos.

 

De acordo com a investigação, a mulher burlou duas camadas de segurança do prédio, incluindo reconhecimento facial e o uso de um tag, e se escondeu dentro de um armário antes de atirar contra o ex.

A investigada, que é mãe da criança, ainda usou ferramentas para abrir a porta do local sem deixar sinais de arrombamento, conforme capturado pelas câmeras de segurança por volta das 16h.

Policial passava Dia dos Pais com o filho
O policial militar, que reside em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, estava em Jaraguá do Sul para passar o Dia dos Pais com o filho. “Eu estava voltando de um passeio com o meu filho. Estávamos no shopping, e, quando cheguei no apartamento que alugamos na cidade, fiquei um tempo no andar de baixo, fazendo tarefas e assistindo TV com ele. Após cerca de uma hora e meia, subi para o banheiro”, disse ele, em entrevista para o repórter William Fritzke.

Segundo o militar, sua ex-esposa, que estava escondida dentro de um armário no cômodo, saiu de repente e atirou em suas costas. “Eu entrei em luta corporal com ela, consegui tirar a arma, mas já havia sido alvejado três vezes. Continuei lutando no chão e pedindo socorro. Em certo momento, achei que ia morrer porque um dos tiros atingiu meu peito e pensei que teria uma hemorragia”, relembrou.

“Me fingi de morto”, conta
Ele também detalhou o desespero ao tentar se fingir de morto para escapar da situação. “Ela estava em cima de mim, e eu comecei a me fingir de morto, pedi misericórdia, pedi para ela não me matar. Ela simplesmente disse que sabia quando uma pessoa estava morta e que eu não estava morrendo, mas que iria morrer”.

O policial revelou que sua ex-esposa tinha uma medida protetiva contra ele, a qual acredita que foi usada intencionalmente. “A medida protetiva era para manter distância entre mim e meu filho, para que eu perdesse o vínculo com ele. Já estávamos nessa luta há mais de três anos e meio, e fazia oito meses que eu não via meu filho”, explicou.

“Ela foi com a intenção de me matar”
O homem também mencionou que, por medo, ele adotou o hábito de dormir em um quarto diferente a cada noite, enquanto estava na cidade. “Acredito que ela entrou no apartamento com a intenção de me matar. Ela entrou sem a minha autorização, se escondeu, estava armada, e não falou nada – simplesmente saiu atirando”, afirmou.

O policial militar segue internado e passando por cuidados médicos, enquanto a ex-companheira teve sua prisão preventiva decretada e permanece detida.

Defesa alega legítima defesa
Na reportagem exibida pelo Cidade Alerta, a defesa da médica negou que tenha havido invasão ao local, alegando que ela entrou após bater à porta. A defesa também afirmou que a mulher apenas se defendeu de uma suposta agressão injusta, destacando que ela temia o ex-companheiro, motivo pelo qual registrou diversos boletins de ocorrência, incluindo a obtenção de uma medida protetiva contra ele.

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